O Assunto #1.090: Milei eleito e a relação Brasil-Argentina


A vitória de Milei inaugura uma nova fase na política argentina, e pode abrir também uma nova era na relação com o Brasil, com o Mercosul e com importantes parceiros comerciais. Você pode ouvir O Assunto no g1, no GloboPlay, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Deezer, na Amazon Music, no Hello You ou na sua plataforma de áudio preferida. Assine ou siga O Assunto, para ser avisado sempre que tiver novo episódio. O economista ultraliberal derrotou Sergio Massa com uma vantagem larga. Agora eleito, manteve suas promessas de dolarizar a economia, acabar com o Banco Central e prometeu visitar Donald Trump nos EUA antes da posse, marcada para o dia 10 de dezembro. A vitória de Milei inaugura uma nova fase na política argentina, e pode abrir também uma nova era na relação com o Brasil, com o Mercosul e com importantes parceiros comerciais. Para entender as consequências da vitória de Milei e os desafios do novo governo, Natuza Nery conversa com Marcos Azambuja, que foi embaixador na Argentina entre 1992 e 1997, serviu na França e hoje é conselheiro emérito do Cebri, o Centro Brasileiro de Relações Internacionais. Neste episódio: Azambuja classifica Milei como “intensamente ideológico” e interpreta os primeiros sinais dados pelo presidente eleito, como a ideia de privatizar estatais e acabar com o Banco Central: “uma coisa é a campanha, outra coisa é governar, o exercício com os limites do poder, do que é possível e adequado”, diz; O embaixador avalia como ficam as relações entre Brasília e Buenos Aires. Ele lembra que “nem o Brasil nem a Argentina foram inventados ontem”, ao sinalizar a tradição de diálogo entre os dois países. “Cabe ao Brasil ter a preocupação de ser sensato”, afirma, ao analisar o fato de o presidente Lula não ter citado nominalmente Milei na mensagem que reconheceu o resultado da eleição; Azambuja aponta os entraves que o presidente eleito terá para colocar em prática suas promessas. “O grande desafio é operar dentro do peronismo”, diz. Para ele, Milei terá o desafio de conviver com o Congresso, sem maioria política. Mas pondera como “a vitória [eleitoral] tem poder de atração” de apoio; Ele conclui que o Brasil deve dar o exemplo da moderação em relação às declarações de Milei sobre o Mercosul: "O Brasil não deve cair em nenhuma armadilha de responder”. Para ele é importante não destruir o acordo entre países do bloco já que “o Mercosul fracassou como projeto de união alfandegária, mas teve grande sucesso como criador de confiança recíproca". 🔔 O g1 agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar O que você precisa saber: Milei faz primeiros anúncios e mantém promessa de acabar com o Banco Central Milei diz que vai privatizar empresas públicas de comunicação ENTENDA: Como o novo presidente deve lidar com a crise econômica Lula não deve ir à posse de Milei, em dezembro SADI: Preocupação do governo passa a ser com Trump em 2024 DANIELA LIMA: Planalto já vê Brasil na defensiva sobre o Mercosul VÍDEO: Namorada de Milei ficou famosa imitando Cristina Kirchner QUEM SÃO: Irmã e namorada de Milei podem virar primeira-dama VEJA CORTES DO PODCAST O ASSUNTO EM VÍDEO O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Lorena Lara, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski, Eto Osclighter e Nayara Fernandes. Apresentação: Natuza Nery. Natuza Nery, apresentadora do podcast O Assunto g1

source https://g1.globo.com/podcast/o-assunto/noticia/2023/11/21/o-assunto-1090-milei-eleito-e-a-relacao-brasil-argentina.ghtml
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