Justiça revoga prisão de presos da 'Operação Fim da Linha'; PMs deverão usar tornozeleira eletrônica

Operação, deflagrada pelo MPRJ em novembro de 2022, mirava contraventores que pagavam propinas a batalhões e a policiais. Na decisão de agora, três policiais militares receberam o benefício. A 1ª Vara Criminal Especializada atendeu na segunda-feira (31) ao pedido de revogação de prisão preventiva de três presos da "Operação Fim de Linha". Os beneficiados deverão cumprir algumas medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica. A "Fim de Linha" foi deflagrada em novembro de 2022 pelo Ministério Público, e mirava contraventores que pagavam propinas a batalhões e a policiais. Na decisão, referendada pelo MP, os policiais Alexandre Ribeiro da Silva, Marco Aurélio da Costa Scalercio e Rodrigo Cardoso da Silva foram beneficiados com a soltura. Entre as cautelares a serem cumpridas estão ainda: proibição de ausentar-se da comarca, por mais de 24 horas, sem autorização judicial; recolhimento domiciliar no período das 20:00 horas até às 6:00 horas, bem como finais de semana e feriados; proibição de manter contato com outros réus e testemunhas. Os presos Rui Pedro Maia de Souza, Carlos Roberto Nassar e José Carlos de Jesus Ennes também pediram a revogação, mas tiveram os pedidos negados pelo Ministério Público e a Justiça. Entenda quem era quem na Operação Fim de Linha Mensagens obtidas pelo Ministério Público nas investigações que resultaram na "Operação Fim da Linha" mostraram indícios de pagamento de propina para oficiais da Polícia Militar e policiais de batalhões para permitir atividades da contravenção nas Zonas Sul e Norte do Rio, como máquinas caça-níqueis, o jogo do bicho e bingos clandestinos. Veja como atuavam alguns dos preso citados na decisão da segunda-feira (31): Rui Pedro Maia Ventura Fragoso - Atuava no chamado núcleo Cascadura e era chamado nas conversas interceptadas pelo MP por Fragoso ou Pedro; Carlos Roberto Nassar Júnior - Contraventor que atuava no chamado núcleo de Cascadura e, segundo o MP, realizava ações da contravenção na região; José Carlos de Jesus Ennes - Cntraventor conhecido como Carlinhos ou Carlinhos Cascadura. Ele aparece em conversas com Nassar, e possuía a função de realizar o pagamento de propina a policiais civis e militares; Marco Aurélio Da Costa Scalercio - PM denunciado pelo MP por ser um dos seguranças da organização. Aparece em conversas como Marquinho ou Scalercio. Rodrigo Cardoso da Silva Alves - PM que aparece em conversas interceptadas pelo MP como Cardoso; Alexandre Ribeiro da Silva - PM conhecido como Ribeiro e que tinha em sua casa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, R$ 435 mil e 1.670 euros (cerca de R$ 9 mil) em espécie.

source https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2023/08/01/justica-revoga-prisao-de-presos-da-operacao-fim-da-linha-pms-deverao-usar-tornozeleira-eletronica.ghtml
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