Quem é Zinho, líder da maior milícia do RJ que se entregou à Polícia Federal


Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, se entregou à Polícia Federal no Rio de Janeiro neste domingo (24). Ele tem 12 mandados de prisão e estava foragido desde 2018. Zinho Reprodução O chefe da maior milícia do estado do Rio de Janeiro, Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, se entregou à Polícia Federal no fim da tarde deste domingo (24). Ele tem 12 mandados de prisão e estava foragido desde 2018. Após negociações, Zinho se apresentou na Superintendência Regional da PF no Rio de Janeiro. Nos últimos meses, a PF realizou várias operações para prender o miliciano. A última delas foi a Operação Dinastia 2, no último dia 19, que teve cinco presos e a apreensão de 4 armas, além de R$ 3 mil em espécie e celulares, computadores e outros aparelhos eletrônicos. Quem é Zinho Zinho assumiu a frente da milícia de Campo Grande, Santa Cruz e Paciência, na Zona Oeste, em 2021, dois meses após a morte do antigo líder, seu irmão, Wellington da Silva Braga, o Ecko. Antes de se tornar o líder da milícia, Zinho estava ligado às atividades de lavagem de dinheiro do grupo, principalmente na Baixada Fluminense. Como o g1 revelou em 2018, na série Franquia do Crime, Zinho era sócio da empresa Macla Comércio e Extração de Saibro que, segundo a polícia, faturou R$ 42 milhões entre 2012 e 2017. Outras empresas da organização criminosa eram utilizadas para movimentação deste dinheiro. Em 29 de agosto de 2018, a Polícia Civil tentou cumprir um mandado de prisão contra Zinho em um sítio no Espírito Santo. Na ocasião, o miliciano conseguiu fugir pela mata, mas a polícia apreendeu o celular dele, deixado no momento da fuga. Em janeiro de 2019, o Núcleo de Combate ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil efetuou o sequestro da mansão de Zinho na Barra da Tijuca, avaliada em R$ 1,7 milhão. Ele não estava em casa no momento da chegada da polícia. Foram apreendidos também outras três propriedades do miliciano, duas delas registradas em nomes de "laranjas": Sítio em Seropédica, na Baixada Fluminense, que pertence a Danilo Dias Lima, chefe da milícia que atua no município e também em parte de Nova Iguaçu, avaliado em R$ 1,3 milhão; Casa de um policial em Campo Grande, na Zona Oeste, no bairro Rio da Prata, avaliada em R$ 1 milhão; Imóvel no Centro de Itaguaí, também de Danilo Dias Lima, avaliado em R$ 850 mil. Zinho esteve para ser capturado várias vezes, principalmente em ações da Polícia Civil, mas sempre conseguiu escapar. Em uma delas os policiais mataram um sobrinho dele, o Faustão. Como retaliação, 35 ônibus foram queimados na Zona Oeste do Rio. Zinho já foi preso antes, pela Draco (Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais) do Rio de Janeiro em 2015. Ele estava acompanhado por dois seguranças, um deles policial militar, mas acabou sendo liberado no mesmo ano no Plantão Judiciário.

source https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2023/12/25/quem-e-zinho-lider-da-maior-milicia-do-rj-que-se-entregou-a-policia-federal.ghtml
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