Mortes em Pernambuco: delegado diz que ouviu cinco testemunhas e polícia buscou imagens de câmeras de segurança


Polícia investiga sequência de assassinatos após tiroteio que resultou na morte de dois policiais em Camaragibe. Suspeito de matar PMs e mais cinco parentes dele foram assassinados em menos de 24 horas. Delegado diz que polícia foi até local onde dois PMs morreram durante tiroteio O delegado Ivaldo Pereira, responsável pelo inquérito que investiga a sequência de assassinatos em Camaragibe, no Grande Recife, disse que ouviu cinco testemunhas do tiroteio que resultou na morte de dois policiais militares no bairro de Tabatinga (veja vídeo acima). Depois da troca de tiros, o suspeito de matar os PMs, Alex da Silva Barbosa, e mais cinco parentes dele foram mortos. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 PE no WhatsApp. ⚠️ O grupo antigo será desativado. Mesmo que você já faça parte da nossa comunidade, é preciso se inscrever novamente. Na segunda-feira (18), parentes da grávida e do adolescente que ficaram feridos na troca de tiros foram ouvidos na sede do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil, no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife. Em entrevista à TV Globo, o delegado, que é gestor do GOE, contou que a polícia foi até o local dos confrontos em busca de imagens de câmeras de segurança e outros indícios dos crimes. "Fomos hoje [segunda-feira] à tarde a campo, conhecer o local, reconhecer onde os fatos aconteceram justamente para ter uma ideia de toda a dinâmica, de tudo o que ocorreu naquela região. E também ir atrás de câmeras e outros tipos de prova", disse o delegado, acrescentando que se reuniu com a Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS) e que tem feito as diligências com o Ministério Público. Ivaldo Pereira informou ainda que, depois de ouvir a família dos feridos, vai colher, nesta terça (19), depoimentos de familiares e outras pessoas ligadas a Alex Silva, o suspeito de matar os PMs que morreu num confronto com a polícia horas depois do tiroteio. "A gente pretende ouvir pessoas relacionadas a Alex para aprofundar mais o conhecimento em relação a Alex, saber por que ele reagiu à ação, se havia alguma ilegalidade ali, saber qual foi a dinâmica, quem realizou tiro primeiro, quem realizou tiro em seguida, se aquilo ali foi uma resposta de uma ação de que ele foi alvo", afirmou o delegado. As oito mortes, incluindo as dos dois PMs e dos seis civis, aconteceram entre a quinta-feira (14) e a sexta-feira (15). A gestante, identificada como Ana Letícia, e o adolescente estão internados no Hospital da Restauração, no Recife. Segundo a família, a grávida perdeu parte da visão do olho esquerdo e massa encefálica. De acordo com um dos advogados da família, Jean William, Alex, que tinha registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), treinava tiros numa mata e invadiu a casa onde eles foram baleados. Além disso, o advogado contou que o criminoso fez a grávida de "escudo" para se proteger dos policiais. Irmão de Ana Letícia, Carlos Augusto da Silva Filho contou ao g1 que foi torturado por policiais militares logo após a morte dos dois PMs e que o carro usado por ele para socorrer a irmã foi alvo de tiros disparados de viaturas. De acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS), os PMs mortos apuravam uma denúncia de que um homem estaria em cima da laje "dando tiros para cima numa comemoração". A laje fica na casa dos jovens baleados, mas, de acordo com a família, Alex não esteve lá. Saiba quem são e veja fotos das vítimas de sequência de assassinatos em menos de 24 horas LEIA TAMBÉM: Homem que matou PMs treinava tiros na mata, invadiu casa e fez grávida de 'escudo' Mulher que transmitiu o próprio assassinato disse que mãe foi sequestrada e que teve casa invadida após mortes de PMs Suspeito de matar PMs não tinha antecedentes, era CAC e tinha arma com mira a laser Entenda o caso Sequência de assassinatos começou na noite de quinta (14) e seguiu até a manhã de sexta (15) Arte/g1 Na noite da quinta (14), os PMs Eduardo Eduardo Roque Barbosa de Santana, de 33 anos, e o cabo Rodolfo José da Silva, de 38 anos, foram até Tabatinga verificar uma denúncia de que um homem estava em cima de uma laje "dando tiros para cima em uma comemoração"; Alex da Silva Barbosa não tinha antecedentes criminais e tinha uma arma de mira a laser que era registrada, pois ele era CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador); Ao ver os policiais se aproximando, ele teria atirado na cabeça de ambos. No tiroteio, ficaram feridos uma grávida de sete meses e um adolescente de 14 anos; No mesmo bairro, por volta das 2h da sexta-feira (15), três irmãos de Alex foram baleados por homens encapuzados: Ágata Ayanne da Silva, de 30 anos; Amerson Juliano da Silva e Apuynã Lucas da Silva, ambos de 25 anos; Ágata e Amerson morreram no local; Apuynã foi socorrido para o Hospital da Restauração, no bairro do Derby, no Recife, mas morreu no local; O crime foi transmitido ao vivo no Instagram; Na manhã da sexta, os corpos da mãe de Alex, Maria José Pereira da Silva, e de Maria Nathalia Campelo do Nascimento, 27 anos, esposa dele, foram encontrados num canavial em Paudalho, na Zona da Mata Norte; Horas depois, por volta das 11h, durante buscas da Polícia Militar, o suspeito Alex Silva foi localizado em Tabatinga, trocou tiros com o efetivo e foi morto. Vítimas de sequências de assassinatos em menos de 24 horas Pernambuco Reprodução/WhatsApp VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias

source https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2023/09/19/mortes-em-pernambuco-delegado-diz-que-ouviu-cinco-testemunhas-e-policia-buscou-imagens-de-cameras-de-seguranca.ghtml
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