Conheça o time de futebol do RS que teve vencedor de Cannes como ídolo e fechou por causa da TV


Grêmio Esportivo Renner foi fundado em 1931 e acabou em 1957, três anos após vencer o Campeonato Gaúcho. Entre os jogadores da conquista, estavam o futuro técnico Ênio Andrade e o goleiro Valdir de Moraes. Time do Renner no Estádio Centenário, em Montevidéu, em 1955 Memorial Valdir Joaquim de Morais/Acervo Um time de futebol fundado por trabalhadores de uma fábrica de roupas de Porto Alegre, que durou menos de 30 anos e foi um dos únicos vencedores do Campeonato Gaúcho além de Inter e Grêmio, acumulou durante sua trajetória histórias que dariam um livro. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp E deram: lançado por Luis Carlos Macchi Silva e Vítor Vasata na quinta-feira (29), "O Cometa Eterno" conta a trajetória do Grêmio Esportivo Renner, clube fundado em 1931 que teve como ídolos um ator vencedor do Festival de Cannes, um dos maiores goleiros da história do Palmeiras e um jogador que se tornaria técnico tricampeão brasileiro. Conheça, abaixo, a história do Renner, clube de futebol do RS que encerrou suas atividades em 1957 - fim que teve contribuição da chegada da televisão ao Brasil. "Na década de 1950, uma análise de mercado mostrou que o clube deveria se preparar para enfrentar a nova mídia que chegava ao país, a TV. (Como o clube tinha ligação com uma empresa de roupas), indicou-se que se gastasse dinheiro com TV, em vez de usar o futebol como veículo de propaganda. Então, votaram por fechar", conta Macchi. "G. E. Renner – O Cometa Eterno" (Libretos, 2023, 192 p.) pode ser comprado pelo site da editora por R$ 75. A ideia do livro nasceu do projeto Renner Vive, criado por Macchi para preservar a memória do extinto clube, do qual ele foi mascote quando criança. O projeto gerou também o Memorial Valdir Joaquim de Morais, espaço na Zona Norte de Porto Alegre que reúne materiais, fotografias e uniformes do antigo time. Ídolo em Cannes, 1º preparador de goleiros e tricampeão brasileiro 'Orfeu Negro' venceu o Oscar de Filme Estrangeiro em 1950 Reprodução Um dos grandes ídolos do Renner é Breno Mello, que jogou no clube durante a década de 1950 e foi um dos craques na conquista do Campeonato Gaúcho de 1954 (apenas outros três clubes além da dupla Gre-Nal levantariam o troféu nos anos seguintes). Meia-direita de imposição física e habilidade, Breno fez sucesso no clube gaúcho e logo se transferiu para o Fluminense, no Rio de Janeiro. Em terras cariocas, veria sua trajetória tomar outro rumo: conheceu o diretor francês Marcel Camus na saída de um treino e foi convidado a estrelar o filme 'Orfeu Negro". O longa-metragem acabou vencendo a Palma de Ouro no Festival de Cannes, além dos prêmios de melhor filme estrangeiro no Oscar e no Globo de Ouro. O craque, então, virou ator. "Era uma pessoa impressionante. Que talento tinha o Breno! Além de um excelente jogador de futebol, foi descoberto e se saiu muito bem no filme. Uma pessoa com certa dificuldade social, que teve um desempenho impressionante no cinema", conta o autor do livro. Outro ídolo do Renner é Valdir de Moraes, um dos maiores goleiros da história do Palmeiras e criador da profissão de treinador de goleiros, em 1969. No Renner, venceu também o histórico Gauchão de 1954. Valdir morreu em 2020, aos 88 anos. O time contava ainda com um nome que se tornaria lendário para o futebol brasileiro, mas não como jogador: Ênio Andrade, à época meio-campista, virou treinador em 1961 e, nas décadas seguintes, foi tricampeão brasileiro comandando o Internacional (em 1979, campeonato vencido de forma invicta, algo inédito até hoje), o Grêmio (em 1981) e o Coritiba (1985). Ênio Andrade morreu em 1997, aos 68 anos. Ênio Andrade durante passagem como jogador pelo Renner Reprodução/Acervo Memorial VÍDEOS: Tudo sobre o RS

source https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2023/12/02/conheca-o-time-de-futebol-do-rs-que-teve-vencedor-de-cannes-como-idolo-e-fechou-por-causa-da-tv.ghtml
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