O Assunto #1.059: Constelação familiar - o uso no Judiciário


Criada pelo alemão Bert Hellinger, a prática considera que cada pessoa precisa se manter em uma posição determinada dentro de uma família para que as relações sejam harmoniosas. A teoria leva em consideração 3 leis: do pertencimento, da hierarquia e do equilíbrio. Sem comprovação científica, a terapia é usada há mais de dez anos pelo Judiciário para resolver conflitos em Varas da Família. Você pode ouvir O Assunto no g1, no GloboPlay, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Deezer, na Amazon Music, no Hello You ou na sua plataforma de áudio preferida. Assine ou siga O Assunto, para ser avisado sempre que tiver novo episódio. 🔔 O g1 agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar Criada pelo alemão Bert Hellinger, a prática considera que cada pessoa precisa se manter em uma posição determinada dentro de uma família para que as relações sejam harmoniosas. A teoria leva em consideração 3 leis: do pertencimento, da hierarquia e do equilíbrio. Sem comprovação científica, a terapia é usada há mais de dez anos pelo Judiciário para resolver conflitos em Varas da Família. Na prática, a constelação familiar tem gerado controvérsias, com projetos em discussão no Congresso e em assembleias estaduais. Nesta semana, o ministro Silvio Almeida enviou um pedido ao Conselho Nacional dos Direitos Humanos para debater possíveis abusos da prática. Para entender o que é esse tipo de terapia, como ela vem sendo usada pela Justiça e possíveis consequências, Julia Duailibi conversa com Silvia Haidar, repórter do jornal Folha de S. Paulo, e com Mateus França, mestre em Direito, ele estuda o uso das constelações no campo jurídico brasileiro. Neste episódio: Silvia explica o que é a técnica terapêutica que mistura psicodrama, o autoconhecimento e autoconsciência, e referências de zulus que viviam na África do Sul. “O criador se baseou em três leis do amor”, sem as quais criam-se conflitos familiares. E cita que o Conselho Federal de Psicologia destaca “incongruências éticas” na prática; Mateus detalha como funciona a técnica: “o constelado, a pessoa cujo sistema familiar está sendo analisado”, o constelador, responsável por analisar a realidade do constelado, e os representantes, que cumprem o papel de dar vida até a pessoas mortas, sentimentos e objetos do paciente em análise. “Existem constelações em que o representante é uma pessoa, um boneco ou até animais”, relata; Ele fala como a constelação é usada no Judiciário e o papel do juiz na mediação de conflitos. “Não existe um padrão de como é aplicado, o que é um problema”, diz. E analisa como o uso da técnica na mediação de conflitos "vai na contramão de vários avanços em matérias de direito da família”; O pesquisador conclui sobre a necessidade de se debater o uso da constelação familiar em decisões judiciais. Para ele, em muitos casos o discurso da constelação reforça violências, “em vários casos ele coloca parte da responsabilidade no comportamento da vítima”, afirma. Constelação familiar Rafael Ottoni/Secretaria de Saúde do DF O que você precisa saber: Constelação familiar no SUS: como é o atendimento e por que as terapias alternativas causam controvérsia Técnica terapêutica é usada na Justiça para facilitar acordos e ‘propagar cultura de paz’ VEJA CORTES DO PODCAST O ASSUNTO EM VÍDEO O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Lorena Lara, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski, Eto Osclighter e Nayara Fernandes. Apresentação: Natuza Nery. Natuza Nery, apresentadora do podcast O Assunto g1

source https://g1.globo.com/podcast/o-assunto/noticia/2023/10/04/o-assunto-1059-constelacao-familiar-o-uso-no-judiciario.ghtml
Postagem Anterior Próxima Postagem

Facebook