'Mini-gênio': menino de 10 anos é aceito em associação mundial de superdotados com QI de 136


Após avaliações neuropsicológicas, Bernardo Biondi foi aceito no Mensa Brasil e na Intertel, uma das sociedades de alto QI mais restritas do mundo. Menino de Jundiaí (SP) já escreveu sete livros. ‘Mini-gênio’ de Jundiaí já escreveu sete livros Luiz Biondi/Arquivo Pessoal Possuir inúmeras habilidades com números e palavras e saber o valor de PI rapidamente poderia até ser uma tarefa difícil para algumas crianças, mas não para Bernardo Biondi. Com 10 anos, ele foi avaliado com um QI de 136 e já escreveu sete livros. Morador de Jundiaí (SP), no interior de São Paulo, Bernardo começou a ler com cinco anos, sendo um dos primeiros alunos da turma a serem alfabetizados, e na pré-escola chegou a ser orador da turma. Após diversas avaliações neuropsicológicas, que tiveram início no fim de 2022, Bernardo foi aceito no Mensa Brasil, uma associação que busca identificar e estimular a inteligência humana para benefício da sociedade. Além da Mensa, há cerca de um mês ele foi aceito em um grupo ainda mais restrito, a Intertel, uma das sociedades de alto QI mais restritas do mundo. Ao g1, Aline Biondi, mãe de Bernardo, conta que o filho sempre demonstrou aptidão para várias coisas, mas que a família imaginava que ele seria apenas uma criança esperta. Porém, o que poderia ser um motivo de orgulho, virou preocupação. “O que faz da situação incomum é o medo de supervalorizar as habilidades do filho, para que a gente também não coloque uma expectativa muito grande sobre a criança, né? Então a gente sempre achava isso normal. Mas um dia minha cunhada falou: eu acho que vocês têm que buscar fazer um diagnóstico, tem alguma coisa diferente”, explica Aline. Entretanto, a avó materna resolveu testar as habilidades do neto em uma brincadeira e só daria sorvete para quem dos irmãos acertasse a raiz quadrada de determinado número. “Era um número que tinha vírgula no resultado e o Bernardo respondeu. Ela perguntou para a assistente virtual, porque ela mesma não sabia a resposta, e realmente era a resposta certa”. “No fim do ano passado a gente buscou a neuropsicóloga, mas eu ainda estava bem incrédula. Achei que seria qualquer coisa, uma criança hiperativa, qualquer coisa. Quando veio o resultado, eu fiquei meio chocada no início, demorei um tempo pra entender porque é uma responsabilidade como pais. No início do ano recebemos o resultado que ele tem altas habilidades, superdotação, de que o QI está acima de 99% das crianças na mesma idade”, diz Aline. Jundiaí entrou para o restrito grupo da Intertel, que reúne pessoas com os QIs mais altos do mundo Luiz Biondi/Arquivo Pessoal Aceitação e mudanças Mesmo com a grande notícia, a família ainda está no processo de entender como aproveitar as capacidades de Bernardo. Segundo eles, o primeiro passo será trocá-lo de escola, além de continuar incentivando o potencial tanto dele, quanto da filha mais velha do casal. “Uma das ideias da gente ter entrado no Mensa é realmente pra ele entender que ele não vai ser sempre o mais esperto, vão ter pessoas que vão ser tão inteligentes quanto ele, que vão ter inteligências diferentes, visões diferentes de mundo, é uma coisa importante”. “A gente está bem orgulhoso, da nossa família como um geral. O que a gente espera é que realmente ele tenha um futuro brilhante pela frente, que consiga realizar tudo que ele quiser, porque acho que isso é o mais importante e que seja feliz”. Família de 'mini-gênio' sempre incentivou os potenciais de cada filho Luiz Biondi/Arquivo Pessoal Prodígio De acordo com a neuropsicóloga que fez as avaliações do "mini-gênio", Adriana Reame, Bernardo está acima das crianças da mesma idade em nível de escolaridade, o que é algo raro de ser encontrado. “Não é sempre que isso acontece, eu trabalho há anos avaliando adultos e crianças e é difícil a gente identificar, até mesmo a família perceber. O Bernardo é uma criança muito curiosa, gosta de aprender, está sempre a frente, está interessado. Esse é um viés de uma superdotação de uma criança que tem altas habilidades, quase um prodígio. É muito difícil achar uma criança dessa forma”, afirma a neuropsicóloga. Para que o diagnóstico seja feito, é necessário ser psicólogo ou um neuropsicólogo e possuir registro ativo, além de saber aplicar um tipo de teste específico. “Esse teste são algumas horas que pode fazer, de quatro a cinco horas e pode ser aplicado em um único dia, o que é muito cansativo pra criança. A criança não precisa ter um encaminhamento médico, pode procurar um psicólogo que seja habilitado e fazer o teste”, pontua. De acordo com a neuropsicóloga, é necessário muito cuidado na hora de elaborar um diagnóstico, para que não haja equívoco. “É um diagnóstico raro, o que geralmente aparece na clínica é por dificuldades no aprendizado, não que a criança tenha facilidade”. “Geralmente uma criança superdotada é uma criança muito criativa, pode ser comunicativa como pode também viver no mundo dela, que são aquelas crianças que às vezes a gente vê que decora lista telefônica, sabe? Aí ela não constrói uma inteligência muito dinâmica, fica presa à memória. Então ela tem uma questão que ela não mistura os campos da inteligência, não tem um raciocínio muito rico. Ela pode ter um diagnóstico de superdotação em um outro viés”. Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM

source https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2023/05/27/mini-genio-menino-de-10-anos-e-aceito-em-associacao-mundial-de-superdotados-com-qi-de-136.ghtml
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